OqSeráQserá? Video

"OqSeráqSerá?"_Mercado da Magdalena_23Julho2011

Primeira ação colabor_ativa do grupo do SOS Corpo, uma mini ocupação no Mercado da Magadalena. Foi um momento mágico de interatividade, lazer e amizade. Levamos fotos que foram feitas no dia da nossa vivência fotográfica no mercado, e quem "se achava" no saquinho, poderia ficar com a foto... fomos muito bem recompensados com a ação, com muitos sorrisos e elogios! É isso aí, arte que trans_forma espaços, antropologia visual, memória e ludicidade. A construção da imagem de um mundo amistoso, e possível. Ah, se cada qual investisse um pouco da sua energia para fazer algo bacana, cada dia...;)

A experiência com a fotografia tem sido uma descoberta fantástica a cada click.

Ângulos, cores, luzes, sombras, personagens, olhares, sorrisos, toques, ... elementos que se transformam e se reconstroem a partir de um único ponto de vista.

A Oficina Imagens do Feminismo foi importante no sentindo de despertar e aguçar o olhar para a temática de forma crítica e consciente.

Perceber as mulheres, seu cotidiano e suas histórias me fez despertar para esse universo que é também o meu universo - "me vejo no que vejo".

Assim, transformar as atitudes em busca de um mundo melhor se torna cada vez mais uma tarefa simples, possibilitando também as mudanças das pessoas que nos rodeiam - "quando a gente muda, o mundo muda com a gente".

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Obrigada pela oportunidade!!

Criando_na_gratidão

Aparentemente simples, a experiência na oficina Imagens do feminismo foi de grande valia para mim e acredito para muitas mulheres, seja quem estava de dentro ou de fora.

As vezes, parecia que não ia rolar... era uma criatividade gritante do incentivador Gustavo Távora em comparação com a inexpressividade de minha criatividade que por tanto tempo foi tolida...

Pareceu-me que eu não fosse capaz de pensar arte neste sentido. não falo de gosto pela fotografia ou intuição (buscada diariamente através do equilíbrio entre o que há de interno, o que há de externo e o que há de mistura destes dois). falo da possibilidade de se sentir capaz de criar.

Por vezes, ao falar: Tô sem tempo Gu! - o que é realmente verdade :)

Escutava: Tempo não se tem, se cria!

Será que até o tempo ele sabe criar e quer me fazer criar?

Não sei se eu consegui fazer isto com as minhas produções do processo da oficina. mas, sei que a partir de agora eu posso mais coisas, eu posso olhar por mais um ângulo novo... seja a naturezarte - no sentido amplo da palavra criada -, seja no que posso compartilhar desta através da fotografia, mudando assim, talvez, a concepção do que acreditava ser "criar o tempo"

Fantasia(s) ou Realidade(s), nosso mundo está imerso na comunicação imagética. então porque não tirarmos proveito de tamanha forma de simbolismos e utilizarmos isto da melhor maneira que pudermos?

Complemento com uma poesia do nosso querido Carlos Drummond de Andrade, numa tentativa de traduzir alguns sentimentos ao término (temporário) desta experiência:

Flor Experiente

Uma flor matizada

entreabre-se em meus dedos

Já sou terra estrumada

-- é um de meus segredos.

Careceu vida lenta

e mais que lenta, peca,

para a cor que ornamenta

esta epiderme seca.

Assino-me no cálice

de estrias fraternais

O pensamento cale-se.

É jardim, nada mais.

O recadinho que queria deixar registrado é por aí...

Muito grata a Paula, Gustavo, Lamartine, e todas as mulheres que participaram deste bonito caminho comigo!

xero

Algumas co-produções (contei com ajuda de tod@s):

E segue meu flickr ainda para atualizar:

http://www.flickr.com/alencaralessandra/